quinta-feira, 22 de março de 2012

O Pai da Xan

Essa semana encontrei uma  fã do blog e da Isabela e que ainda nem conhece a Pequena. Foi a Xan, uma amiga lá da Rádio Nacional que eu não via há tempos.

Lembro da Xan contar sobre o pai dela. Às vezes ele chegava e a confusão em casa estava armada, era a Xan e a irmã em pé de guerra.

O pai, pacientemente pegava as duas pirralhas, colocava no colo e pedia cada uma pra contar sua versão dos motivos da briga.

E numa mistura de choro, reclamação, lamento... num dialeto qualquer que só as crianças choronas sabem de onde vem, uma de cada vez ia desfiando o rosário.

Se uma quisesse contestar enquanto a outra "falava", o pai punha ordem para garantir o sagrado direito à lamentação, aliás, garantia fundamental aos filhos que sentam no colo do pai.

No fim, sem entender patavinas do motivo da briga, mas transbordando carinho e amor, o pai conseguia apaziguar as duas brigoninhas que já nem lembravam da briga e só queriam ficar ali naquele colo gostoso.

Lembro da Xan falar do pai com muita emoção. Se conseguir que Isabela, lá no futuro, lembre de mim com carinho igual, saberei que terei sido um bom pai, assim como o foi o pai da Xan.

Abraços paternais.

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