sexta-feira, 2 de março de 2012

Febre

Isabela está doentinha. Ontem o dia foi de um febre que ia e voltava.

A Lili foi com ela ao médico pela manhã e ouviu, como geralmente são os diagnósticos: - é só uma virose.

Não era só uma virose.

À noite, em outro médico, constata-se uma infecção na garganta que já estava tomada de pus.

Antibiótico, remédio pra febre (que chegou a 39º), e uma noite de atenção à Pequena.

Hoje a febre persistia, mas à medida que o antibiótico fizer efeito, vai desaparecer.

O que quero destacar é a mudança que a paternidade provoca.

Eu e a Lili também amanhecemos com uma quadro incômodo de dor na garganta e etc. Saí do trabalho mais cedo com uma dor de cabeça terrível, mas ao chegar e ver Isabela toda molinha, a preocupação era só com ela, você esquece a vontade de ficar prostrado na cama.

Outra coisa. Já fui a consultórios ou emergências e via pais só de chinelo e ficava me perguntando se não dava tempo do cara colocar uma calça, calçar um tênis... Ontem vi que não é questão se dá tempo ou não, você nem repara nisso. Lá estava eu na clínica de bermuda, camiseta e chinelo, mas o que importava era dar um jeito de baixar a febre da Rosinha.

Isso eu acho até engraçado. Quando chegamos na frente do médico, nós pais meio que vemos nele o House*. Queremos informar detalhes mínimos que, talvez no nosso inconsciente, despertarão o médico para o disgnóstico misterioso por trás do quadro do paciente:
- Doutor, só pro senhor saber, ontem eu espirrei às 15h14,  e logo em seguida o olho esquerdo dela começou a dar umas tremedinhas...

É isso. Logo a Rosinha vai estar bem de novo, mas que dá um aperto no coração vê-la tão daquele jeito, isso  dá.

* Caso quando isso for lido no futuro não exista mais essa série, fique você leitor sabendo que House era uma série de TV sobre um médico pouco ou nada convencional que descobria por meios pouco ortodoxos os diagnósticos mais complicados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário